Jorge Forbes fala da necessidade de renovação da psicanálise. Pergunta-se como podemos enfrenar, no século XXI, o real não responde a nenhuma ideologia. Considera que isso exige uma nova forma de se posicionar frente ao outro e frente ao amor. É preciso, nos diz ele, que cada um se responsabilize, sem nenhum tipo de conhecimento, sem nenhum tipo de ideia sustentada, senão num querer responsável, responsável por ser arriscado, e arriscado por não ter nenhum saber, nenhuma ideologia, que justifique. Parece-lhe fundamental para um aporte da psicanálise, hoje, "a mudança paradigmática entre a expectativa de sentido e o enfrentamento das consequências da própria vida – independente do sintoma." Por ultimo, considera, a partir de sua experiência clinica e de interlocução com cientistas, que "os geneticistas estão muito longe de compartirem o que a mídia fala, como se os avanços genéticos fossem resolver as inquietações e as duvidas humanas. O que dizem, ao contrario, é que, quanto mais avançam em suas descobertas genéticas, menos sabem estabelecer uma relação de causa e efeito e, por isso, contam com a psicanálise, pois acham que o homem terá que se confrontar com essa oferta de um conhecimento, que só terá validade na medida em que for subjetivada.

Jorge Forbes sottolinea la necessità di rinnovare la psicoanalisi. Come far fronte, nel XXI° secolo, al reale che non risponde ad alcuna ideologia ? Ciò esige, secondo lui, una nuova forma di presa di posizione di fronte all'Altro e di fronte all'amore. Occorre che ciascuno, ci dice, si responsabilizzi – una responsabilità che comporta un rischio poiché non c'è sapere, ideologia che possa servire di giustificazione. Per un contributo della psicoanalisi, oggi, sembra fondamentale « un cambiamento paradigmatico tra l'aspettativa di senso e la confrontazione con le consequenze della propria vita -- indipendente dal sintomo.

La stampa dichiara che i progressi della genetica sarebbero in grado di risolvere le inquietudini ed i dubbi umani. Partendo dalla sua esperienza clinica e dai suoi scambi con i genetisti dell'università di San Paolo, Jorge Forbes sottolinea che questi scienziati, completamente al contrario, riferisconoche più avanzano nelle loro ricerche, meno riescono a stabilire dei rapporti di causa ad effetto. Pensano che l'Uomo si troverà confrontato ad una offerta di conoscienze che non potrà essere validata se non nella misura in cui essa potrà essere soggettivata. Perciò contano sulla psicoanalisi.

Tradotto da Elisabetta Milan

Jorge Forbes, psicoanalista, membro dell'EBP e dell'AMP, Direttore della Clinica di psicoanalisi nel Servizio del genoma umano dell'Università di San Paolo (USP).