Entrevista realizada por Patricio Alvarez
Alejandro Maci, cineasta, diretor de teatro e roteirista argentino, define sua prática como uma construção de cenas. Perguntando-se por que se dedica a isso, ele responde que talvez as construa por ser o seu modo de recuperá-las. A partir do fato de intervir nelas, de escrevê-las, de dirigi-las, situa sua relação singular com as cenas de sua vida.
Uma vida intimamente ligada à psicanálise pelas marcas familiares (pai, mãe e quase todos os seus familiares são psicanalistas), em um relato que examina as cenas dirigidas por ele a partir de sua própria análise e de sua prática. Na entrevista, ele examina uma série em particular: a versão argentina de "Sessão de terapia", realizando uma interessante leitura de como um analista é tocado pelas transferências de seus analisantes.
Em uma segunda parte da entrevista, examina quais são os elementos de real – que chama de "horizonte de resistência"- que se apresentam em sua prática de diretor e roteirista como impossíveis, que funcionam como uma borda causando, a um só tempo, a construção das cenas.
Tradução: Vera Avellar Ribeiro